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Casa da Arquiteta

Por Lilian Farah Nagato

  • Mais sustentabilidade: reservatório de água de chuva, minhocário para compostagem de lixo orgânico, teto jardim e aquecedor solar pra água do chuveiro.
  • Plantas da casa antes e depois da reforma - alteração na posição da cozinha, demolição de um dos quartos e criação do jardim, entre outros detalhes
  • O antigo quarto virou cozinha...
  • ... E a antiga cozinha virou quarto.
  • Edicula - antes e depois da reforma - quarto de hóspedes embaixo, e escritório em cima
  • Banheiro da edicula - antes e depois - ampliação e troca de revestimentos
  • Antes e depois - O terceiro quarto foi demolido para dar lugar ao jardim
  • Quintal - antes era somente um corredor, depois da reforma deu espaço para área de lazer
  • Edícula e quintal - antes e depois da reforma
  • Quintal - a passagem para a edicula antes era somente um corredor estreito
  • Vista da casa a partir da edicula, durante e depois da reforma
  • Escritório - antes e depois da reforma
  • Escritório - antes e depois - o fechamento foi feito com esquadrias de madeira padrão comercial
  • Jardim do quintal
  • Edicula transformada
  • Banheiro principal - antes e depois da reforma - novo lavatório
  • Banheiro principal - antes e depois - troca de revestimentos e alteração da posição das peças
  • Mais sustentabilidade: reservatório de água de chuva, minhocário para compostagem de lixo orgânico, teto jardim e aquecedor solar pra água do chuveiro.
  • Plantas da casa antes e depois da reforma - alteração na posição da cozinha, demolição de um dos quartos e criação do jardim, entre outros detalhes

Quando procurei uma casa pra morar com meu companheiro, o importante era ter espaço externo para termos um jardim, uma churrasqueira, um lugar pra pendurar uma rede e pra curtir o sol sem sair de casa. Mas esta não é a regra de quem mora em casa em São Paulo, ao que parece. A maior parte das casas que visitávamos ocupavam quase 100% do terreno, e não sobrava espaço externo nenhum, a não ser por alguns corredores laterais estreitos. Assim sendo, quando escolhemos esta casa, sabíamos que teríamos que reformá-la, derrubando cômodos.

Por isso, abrimos mão do terceiro quarto para termos um jardim. Quebramos todo o piso do quintal para garantir a permeabilidade do solo.

Organizamos a disposição e a circulação interna da casa, trocando a cozinha de lugar com um dos quartos.

Refizemos instalações hidráulicas e elétricas, e a maior parte dos acabamentos. Temos um aquecedor solar pra água do chuveiro, e reservatórios de água de chuva por gravidade.

Na edícula, aproveitamos um espaço grande e estreito que parecia não ter muito uso, e o transformamos em um escritório/estúdio, com fechamento quase todo em esquadrias de madeira, em vez de alvenaria com janelas pequenas, pra não perder a luminosidade.

Também reformamos o quartinho (cheio de infiltrações) e o banheiro da edícula, pra ser um terceiro quarto. No momento, está sendo usado como quarto de hóspedes.

Retiramos as telhas de cimento amianto existentes sobre a laje da sala (que também apresentava infiltrações), fizemos a impermeabilização, e colocamos um teto jardim.

As soluções mais sustentáveis adotadas são de baixo custo e alto impacto. Porque não basta o discurso, temos que partir pra prática!


Ficha técnica:

Local: São Paulo, Brasil

Início do projeto: 2012

Conclusão da obra: 2014

Área do terreno: 160 m²

Tipologia: Residencial

Melhorias habitacionais no Vale das Flores / Habitat para a Humanidade

  • Exemplo de melhoria: acabamento de dormitório com reboco, pintura e nova esquadria
  • Vista geral da área
  • Reunião com Associação de Moradores
  • Reunião com Associação de Moradores
  • Exemplo de melhoria: revestimento de lavanderia
  • Exemplo de melhoria: tratamento de parede com umidade
  • Exemplo de melhoria: Revestimento de fachada com reboco
  • Exemplo de melhoria: revestimento interno de paredes e piso
  • Exemplo de melhoria: acabamento de dormitório com reboco, pintura e nova esquadria
  • Vista geral da área

Em 2011, a Tema foi contratada pela ONG Habitat para a Humanidade para executar, na favela Vale das Flores (CSU), em Taboão da Serra, SP, o projeto denominado “Arrumando a Casa”.

O projeto tinha como objetivo executar melhorias habitacionais nas residências da favela, que havia passado por processo de regularização fundiária pela prefeitura. Foi oferecida assistência técnica de arquitetura aos moradores, e também o financiamento das obras.

Dentre as inúmeras atividades executadas pela equipe da Tema, destacam-se as seguintes:

• Vistorias sociotécnicas para seleção de famílias e avaliação de casas, levantamentos arquitetônicos, projetos de arquitetura, desenvolvimento de orçamentos globais;

• Apresentação dos projetos de melhorias habitacionais  e discussão com as famílias, esclarecimento de dúvidas e execução de alterações, ajustes projetuais e orçamentários quao solicitado; validação com as famílias e com os pedreiros de anteprojetos, projetos e orçamentos; orientação sobre os projetos e procedimentos de obra com as famílias e os pedreiros;

• Acompanhamento de obras de melhorias habitacionais, através de vistorias periódicas; orientação na compra de materiais de construção e ida ao depósito para discutir descontos juntamente com moradores e até com pedreiros;

Além disso, ainda foi trabalhada a organização comunitária, com listagem dos pedreiros da área, para prestação de serviços para o projeto e possível formação de uma cooperativa no futuro; e a intermediação de relações locais entre os participantes do Projeto Arrumando a Casa II, com reunião chamada pela Associação de Moradores.

No total, durante a vigência do contrato, foram executadas vistorias em 54 casas; destas, 45 tiveram projetos elaborados, e 27 destes projetos foram aprovados; 23 deram início às obras, sendo que 19 foram concluídas.

O projeto Arrumando a Casa II, de melhorias habitacionais, teve bons resultados no que diz respeito a melhorias reais na qualidade das construções, como iluminação e ventilação naturais, conforto, estanqueidade, estética, e salubridade, de modo geral. Também foi positiva a participação e aceitação do projeto junto aos moradores, e a relação de confiança construída com os trabalhadores autônomos locais. Apesar disso, diversos desafios persistem, segundo avaliação da equipe da Tema, como a segurança do trabalho (pedreiros), a compreensão da população sobre a importância do projeto e o tempo necessário para seu amadurecimento, além das responsabilidades resultantes do processo de regularização fundiária e consequente saída da situação informal em que se encontravam anteriormente, como por exemplo a necessidade de aprovação junto à prefeitura, no caso de obras de construção ou ampliação.